Boletim Covid-19
A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta segunda-feira (20), um convênio com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) para oferecer crédito a micro e pequenas empresas e MEI (microempreendedores individuais). A medida será operacionalizada por meio do Fampe (Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas), do Sebrae, e que oferece as garantias complementares.
De acordo com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a expectativa do banco é disponibilizar o montante de R$ 7,5 bilhões em crédito, valor que representa cerca de 1% da carteira do banco.
Guimarães disse, durante videoconferência com a participação do presidente da entidade, Carlos Melles, que o crédito vai atender a um dos segmentos mais afetados pela redução na atividade econômica com as medidas de isolamento social adotadas em razão da pandemia do novo coronavírus.
“Esta operação é extremamente importante porque oferece o crédito para uma parcela do segmento da economia que não tem tido a oportunidade dessa oferta ultimamente”, disse.
Segundo Guimarães, os empréstimos terão um período de carência que pode chegar a 12 meses e os prazos de pagamento podem variar de 24 a 36 meses. Guimarães disse ainda que as garantias complementares concedidas pelo Sebrae por meio do Fampe vão permitir ao banco a adoção de taxas 40% menores do que as praticadas pelo banco.
“A Caixa sempre foi um banco de apoio a esse segmento. Neste momento vamos acelerar o movimento que já existia [de oferta de crédito]. Temos um momento muito especial dado esse problema todo de saúde que faz com que haja um reforço muito grande da nossa estratégia”.
Oferta de crédito
Segundo o presidente do Sebrae, Carlos Melles, a oferta de crédito pode atingir 42 milhões de pessoas. As micro e pequenas empresas e MEI interessados no acesso aos recursos devem acessar o portal da Caixa para manifestar o interesse.
“Vamos fazer um credito assistido, que vai ser acompanhado administrativamente pelo Sebrae e pela Caixa Econômica”, disse Melles.
Serão disponibilizados até R$ 12,5 mil para os MEI, com carência de nove meses e taxas de juros de 1,59% ao mês, com prazo de dois anos para o pagamento. Já as micro empresas poderão requerer linhas de até R$ 75 mil. Nesse caso, a carência é de 12 meses, com prazo de amortização em até 30 meses, a taxas de 1,39%.
As empresas de pequeno porte poderão acessar até R$ 125 mil em crédito, também com carência de 12 mesese prazo de pagamento de até 36 meses a juros de 1,19%.
Melles disse que a expectativa inicial do Sebrae era de que o montante disponibilizado pela Caixa chegasse a R$ 12 bilhões. O presidente da Caixa disse que o banco até pode aumentar o volume de crédito, mas se houver muita demanda e as operações forem lucrativas para a Caixa.
“As operações só serão realizadas se for para a Caixa ganhar dinheiro. Nós não fazemos operação de subsídio para ninguém neste governo”, disse.
“Não há a mais leve possibilidade da Caixa realizar qualquer operação que não seja sustentável no longo prazo. Por causa disso, pode até chegar a R$ 12 bilhões, mas hoje a expectativa com as análises internas da Caixa são R$ 7,5 bi. É um dia após o outro”, afirmou.
R7, com Agência Brasil - @plantaocaico
Benefício de R$ 600, pagos a trabalhadores de baixa renda afetados pela pandemia de coronavírus, o auxílio emergencial começará a ser sacado em dinheiro no próximo dia 27.
Os saques ocorrerão conforme o mês de nascimento do beneficiário. As retiradas ocorrerão no dia 27 para os nascidos em janeiro e fevereiro, no dia 28 para os nascidos em março e abril, 29 para os nascidos em maio e junho, 30 para os nascidos em julho e agosto. Em maio, será a vez de os nascidos em setembro e outubro sacarem o benefício no dia 4; e os nascidos em novembro e dezembro, no dia 5.
O dinheiro poderá ser retirado sem a necessidade de cartão em casas lotéricas, caso elas estejam abertas, e em caixas eletrônicos.
A Caixa ressalta que não é necessário retirar o dinheiro porque o dinheiro depositado na poupança digital pode ser movimentado por meio do aplicativo Caixa Tem, para pagamento de boletos e contas domésticas e para transferências ilimitadas para contas da Caixa, permitindo até transferências mensais gratuitas para outros bancos nos próximos 90 dias.
Por Agência Brasil - @plantaocaico
A Covid-19 já é hoje a principal causa de morte dos Estados Unidos. No país, o vírus tem provocado cerca de 1.800 mortes por dia desde 7 de abril, e o número real pode ser um subnotificado. Segundo o jornal “New York Times”, é mais do que as doenças cardíacas, que normalmente matam 1.774 americanos por dia, e que o câncer, que faz 1.641 vítimas a cada 24 horas no país.
Embora as curvas epidemiológicas comecem a indicar um platô, com menos internações hospitalares em Nova York, o centro da epidemia no país, e menos pacientes Covid-19 nas UTIs, o número diário de mortes pode não diminuir tão cedo: modelo epidemiológico frequentemente citado pela Casa Branca, produzido pelo Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington, previa originalmente de 100 mil (no melhor cenário) a 240 mil mortes até o ápice do verão do hemisfério norte, que começa no fim de junho. A previsão agora caiu para 60 mil.
Neste domingo, os EUA chegaram a 40 mil mortes confirmadas devido à Covid-19, apenas quatro dias após registrar 30 mil óbitos. O aumento aconteceu depois de Nova York passar a contabilizar mortes não provadas, mas prováveis, decisão tomada na última quarta-feira.
Os EUA levaram 38 dias após registrar seu primeiro óbito, em 29 de fevereiro, para atingir 10 mil mortes em 6 de abril, mas apenas mais cinco dias para alcançar 20 mil mortos.
O país tem de longe o maior número mundial de casos confirmados de coronavírus, com mais de 744 mil infecções. No sábado, os novos casos aumentaram quase 29 mil, o menor aumento em três dias.
ESTADÃO CONTEÚDO - @plantaocaico