Em meio à pandemia do coronavírus, o serviço de streaming de vídeo Netflix teve seu maior crescimento trimestral em um único trimestre. Entre janeiro e março de 2020, a empresa ganhou 15,8 milhões de novos assinantes e chegou à marca de 182 milhões de contas pagas em todo o mundo. O crescimento tem suas razões óbvias: com mais gente ficando em casa para ‘achatar a curva’ da covid-19, não foram poucas as pessoas que decidiram passar esse tempo na frente do sofá vendo suas séries favoritas.
O crescimento ficou acima do esperado – a previsão inicial da empresa para o período era de 7,2 milhões de novas contas – e a receita também, na casa de US$ 5,7 bilhões para o trimestre. A quarentena fez a Netflix também atingir seu maior valor na história, na casa de US$ 190 bilhões – e acima do valor de mercado de empresas como a Disney, avaliada em US$ 181 bilhões.
Mas enquanto muita gente aponta a Netflix como uma possível vencedora desse período de isolamento, nem tudo são flores: em carta aos acionistas, a plataforma de Reed Hastings alerta que o fim do isolamento em alguns países, ao longo dos próximos meses, pode fazer a curva de crescimento da empresa se reduzir.
“Imaginamos que as horas assistidas na plataforma caiam conforme a quarentena vá terminando, o que esperamos que aconteça logo”, diz o texto, publicado na tarde desta terça-feira, 21, junto com os resultados financeiros da empresa para o período do 1º trimestre de 2020. Além disso, há uma grande dúvida: se a pandemia continuar por muito tempo, a empresa ainda terá novos filmes e séries originais para mostrar?
Segundo a empresa, há pelo menos cinco meses de estreias garantidas. “Temos uma longa correnteza de conteúdo que já estava pronto ou em pós-produção quando as filmagens por conta do coronavírus pararam”, diz a empresa. “Seremos impactados pelas pausas, mas teremos muitas estreias em 2020 e 2021.” É uma vantagem que a Netflix terá na briga contra outras companhias, que normalmente produzem uma série ao longo do tempo e a vão publicando semanalmente, contra o formato de “maratonas” permitido pela rede de Reed Hastings.
Para analistas, a crise será uma prova de fogo para empresa. Não só por conta do conteúdo e do isolamento social, mas também por conta da retração econômica prevista para os próximos meses. “Por um lado, a maioria das pessoas que topariam pegar pelo serviço já têm Netflix. Do outro, significa também que elas não estão dispostas a abrir mão dele em um cenário de crise”, disse o analista da Parks & Associates, Steve Nason, ao site americano especializado em tecnologia The Verge. “Quem não assinou a Netflix durante o confinamento, porém, não deve fazê-lo logo depois.”
Estadão Conteúdo - @plantaocaico
A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (20), uma nova redução nos preços médios dos combustíveis vendidos nas refinarias. A gasolina ficará 8% mais barata e o diesel terá queda de 4%. No acumulado do ano, o preço da gasolina já caiu 52,3% e o do diesel caiu 38%.
Os preços valem a partir desta terça-feira (21) e são referentes ao valor vendido para as distribuidoras a partir das refinarias. O valor final ao motorista dependerá do mercado, já que cada posto tem sua própria política de preços, sobre os quais incidem impostos, custos operacionais e de mão de obra.
Segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio para a gasolina nos postos do país, entre 12 e 18 de abril, era de R$ 4,095. O valor do diesel S-500, era de R$ 3,318. O do etanol, de R$ 2,796. O botijão de GLP, de 13 kg, está com o valor médio de R$ 69,96
“Nossa política de preços para a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras tem como base o preço de paridade de importação, formado pelas cotações internacionais destes produtos mais os custos que importadores teriam, como transporte e taxas portuárias, por exemplo. A paridade é necessária porque o mercado brasileiro de combustíveis é aberto à livre concorrência, dando às distribuidoras a alternativa de importar os produtos”, explica, em nota, a estatal.
Segundo a companhia, a gasolina e o diesel vendidos às distribuidoras são diferentes dos produtos no posto de combustíveis. São os combustíveis tipo A: gasolina antes da sua combinação com o etanol e diesel sem adição de biodiesel. Os produtos vendidos nas bombas ao consumidor final são formados a partir do tipo A misturados a biocombustíveis.
Agência Brasil - Fonte: Portal Grande Ponto - @plantaocaico