O Brasil enfrenta a ameaça de insuficiência de cédulas de dinheiro para pagar o auxílio emergencial a 60 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade pela crise do coronavírus, com os estoques atuais considerados baixos pelo Banco Central, segundo duas fontes e um documento visto pela Reuters.
A pedido do BC, a Casa da Moeda, que é responsável pela produção das cédulas, solicitou na segunda-feira aos seus funcionários que aumentem a produção de dinheiro físico a partir deste mês para fazer frente ao pagamento do auxílio emergencial, segundo ofício obtido pela reportagem.
A estatal fala que pagará hora extra conforme necessário e diz que a questão é “urgente”, de acordo com o documento visto pela Reuters.
O programa de auxílio emergencial de 600 reais por mês para aqueles que não têm contratos regulares de trabalho passou por um lançamento que enfrentou problemas, com a formação de enormes filas em frente às agências da Caixa Econômica Federal, trazendo risco de contágio em meio à pandemia de coronavírus.
Algumas pessoas que não têm contas bancárias regulares até acamparam na porta das agências durante a noite.
Os tropeços iniciais no programa aprovado pelo Congresso vêm em meio a crescentes críticas de que o governo do presidente Jair Bolsonaro não tomou medidas drásticas o suficiente para estimular uma economia que, segundo algumas previsões, poderá encolher em dois dígitos este ano.
Cerca de um terço da população do Brasil é desbancarizada, um porcentual maior do que na China e até na Índia, de acordo com o Banco Mundial, obrigando o país a depender muito de dinheiro físico, mesmo quando cartões de crédito e outras formas de pagamento se tornam mais comuns em outros lugares.
O governo começou a pagar uma parcela inicial do programa no início de abril, mas atrasou a segunda, inicialmente prevista para o final do mês passado. Um novo cronograma deve ser lançado em breve para o programa, que tem duração de três meses.
Uma das fontes disse que a escassez de cédulas de dinheiro levou ao atraso da segunda parcela, enquanto outra disse que o pagamento ainda não tinha ocorrido porque a primeira parcela ainda estava sendo paga, o que causaria mais tumulto nas agências. Esta pessoa, porém, confirmou que há uma escassez de moeda que preocupou o governo.
Estoque de segurança
O secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, disse à Reuters que havia um “problema técnico com as fontes de pagamento” dos fundos, mas negou que houvesse qualquer problema com falta de moeda.
– Se, por acaso, houver falta de dinheiro, falta de notas físicas, encontraremos uma maneira de corrigir isso – disse ele.
O Banco Central, que supervisiona a oferta de moeda, confirmou que está em negociações com a Casa da Moeda para antecipar o recebimento da produção contratada para o ano, dizendo que já houve um aumento de 23% na quantidade de moeda forte em circulação em abril, um aumento de 55,5 bilhões de reais em relação ao ano anterior, segundo declaração enviada à Reuters.
Algumas dessas cédulas estão sendo acumuladas por indivíduos e empresas para formação de reservas, por preocupações com a crise, e porque, com grande parte da economia fechada, há menos lugares para gastar dinheiro no comércio em geral, disse o órgão regulador.
O BC também ponderou que “parcela considerável” dos valores pagos em espécie no auxílio emergencial ainda não voltou ao sistema. Só em abril, foram pagos 35,8 bilhões de reais no total, entre depósitos em conta e liberação em espécie, segundo dados do Tesouro.
A consulta (à Casa da Moeda) visa construir estoques de segurança e mitigar eventuais consequências do fenômeno de entesouramento que se observa desde o início da pandemia”, afirmou o BC.
As negociações têm como objetivo aumentar a produção semanal de dinheiro da Casa da Moeda em 40%, segundo o presidente do sindicato dos servidores do órgão Aluízio da Silva Junior, acrescentando que o sindicato ainda não decidiu sobre a questão, que deve ser analisada em assembleia na próxima semana.
O Globo - @plantaocaico
Os Estados Unidos atingiu no mês de abril o índice mais alto desemprego, perdendo 20 milhões de postos de trabalho em apenas um mês, desde a Grande Depressão, ocorrido entre o fim da década de 1920 e o início dos anos 1930.
A lista de desocupação no país chegou a 14,7%, devido à pandemia do novo coronavírus, recorde desde o início das medições, em 1939.
Durante a crise de 2008 e 2009, o desemprego chegou a 10%. Estima-se que, na Grande Depressão, a taxa tenha atingido 25%. Apesar disso, o índice de abril é um pouco melhor do que as projeções do mercado, que esperava 16%. Em março, a desocupação foi de 4,4%.
Fonte:Terra - @plantaocaico
O MBL protocolou uma ação na Justiça de Brasília para tentar impedir Jair Bolsonaro de realizar o churrasco marcado para este sábado.
Para o advogado Tiago Pavinatto, membro do grupo, o evento configura abuso de direito.
“Atuando em seu âmbito pessoal e dentro de sua residência, mesmo sem afrontar a lei vigente, no exercício de seu direito de fazer um churrasco exercido de maneira legítima apenas na aparência, Bolsonaro excede manifestamente os limites impostos pela boa fé, pelos bons costumes e as finalidades sociais e econômicas que podem existir neste ato”, diz a ação.
O MBL pede que, caso realize o evento, o presidente seja multado em R$ 100 mil. O valor seria então revertido em ações de combate à pandemia do novo coronavírus.
MAJOR OLIMPIO
O líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), afirmou avaliou como “suicídio político” a fala do presidente Jair Bolsonaro de que daria 1 churrasco para 30 pessoas no sábado (9.mai.2020). O senador considerou uma afronta ao povo.
“Lamentável em todos os aspectos. Um chute no saco do povo brasileiro. Suicídio político. Só ajuda terapêutica psicológica pode minimizar”, disse à reportagem.
O ANTAGONISTA E PODER 360 - @plantaocaico
O Reservatório de Sobradinho, da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), atingiu, no último dia 3 de maio, a marca de 91,77% de seu volume útil, nível alcançado pela primeira desde 2009, quando Sobradinho chegou a 100% de sua capacidade. A vazão defluente de Sobradinho estava em 1.600 m³/s e foi reduzida para 1.400 m³/s, no dia 1° de maio. Já a vazão de Xingó continua em 1.300 m³/s.
O cenário se deu por conta das chuvas, principalmente as ocorridas no estado de Minas Gerais, a partir da segunda quinzena de janeiro deste ano, que possibilitaram um aumento significativo do nível do reservatório, após oito anos de escassez hídrica.
A Chesf avalia que Sobradinho chegará, no máximo, a 95% de sua capacidade, neste mês de maio – após encerramento do período úmido -, não havendo, portanto, previsão de vertimento no reservatório. A Companhia tem adotado, em todos seus reservatórios, os procedimentos definidos para operação durante o período chuvoso, conforme a elevação dos níveis.
A situação é de normalidade e bastante favorável com relação ao armazenamento de água em Sobradinho, que possibilitará o atendimento aos usos múltiplos, durante o próximo período seco, motivo de comemoração por parte de todos os usuários do Velho Chico.
Ascom - @plantaocaico